A GALINHA DOS OVOS DE OURO, por Celso Antunes

A GALINHA DOS OVOS DE OURO

Voz corrente no passado, dizia: São Paulo trabalha, Minas Gerais guarda, Rio Grande do Sul manda e Rio de Janeiro gasta.

São Paulo é a locomotiva do Brasil pela produção econômica, gera riqueza e se tornou o centro financeiro do país.

São Paulo aprendeu com o mineiro a ser comedido com as despesas, com equilíbrio, pois excesso de economia é a base da porcaria.

O Estado sempre teve a felicidade de contar com bons governantes: Orestes Quércia, José Serra, Mário Covas, Geraldo Alckmin, Márcio França. Mesmo João Dória e Rodrigo Garcia não se podem dizer o contrário.

Os paulistas, também, aprenderam a mandar e dominar o comando da nação.

O ciclo se iniciou em 1995 com Fernando Henrique Cardoso e encerrou em 2018 com Michel Temer.

Nesses anos o Brasil se integrou ao cenário econômico mundial, deixou a classificação de país subdesenvolvido, se tornou país emergente ou em vias de desenvolvimento.

A continuidade sensata seria buscar a classificação de país desenvolvido, como o Norte global, superando limitações de infraestrutura, baixa qualidade na educação e saúde, desenvolvimento humano limitado e concentração de renda elevada entre outras.

Porém, desde 2019, adotou-se o modelo de gestão tipo Carnaval carioca, com alegoria de religiosos travestidos empunhando estandarte da “Pauta de Costumes”.

Foi uma declaração de guerra contra mulheres, meninas, nordestinos, gays, indígenas, negros, pobres, vitimas da Covid, ambientalistas, estudantes, cientistas, juristas, artistas e intelectuais, numa prática de violência e de morte.

O gasto dessa festança deixou rombo de 400 bilhões para 2023 nos cofres do país.

O esbanjador não se contenta com ovos de ouro, mata a galinha pensando encontrar o tesouro.

O livro dos livros ensina a escolha do voto, ou segue a aflição da morte do Salmo 22, ou o modo de salvação do Salmo 13.

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