Prédio da Biblioteca de Águas de Lindoia pode virar sede do Judiciário

A Prefeitura de Águas de Lindoia informou nesta sexta-feira, dia 28, que está em tratativas com Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, TJSP, para que o prédio onde funciona a Biblioteca Municipal Germano Gelmini seja cedido para abrigar a sede do Poder Judiciário local local.

Segundo divulgado pela Assessoria de Comunicação da Prefeitura, a oferta já foi feita há cerca de dois anos. O local foi oferecido a partir de uma solicitação do TJSP que pleiteia um prédio para alocar o novo fórum da Comarca.

“Uma reunião realizada ontem, quinta-feira, dia 27, com representantes da Prefeitura e do TJSP deu andamento nas conversações, mas ainda sem chegar a um acordo. A prefeitura irá apresentar as planilhas de reforma para o TJSP em uma nova reunião na próxima semana”, explica a nota divulgada na página oficial da Prefeitura nas redes sociais.

Ainda de acordo com a Assessoria de Comunicação Prefeitura, se o Judiciário aceitar o prédio oferecido pelo município, o prefeito Gil Helou (PSDB) deve providenciar um novo local para o acervo da Biblioteca e para o futuro Museu da cidade.

“A Prefeitura trabalha com as duas perspectivas: de que o prédio acabe permanecendo com a administração e de que o TJSP aceite a oferta. De qualquer forma, a administração municipal já tem um orçamento prévio para a realização da reforma da Biblioteca. O processo licitatório já está sendo providenciado”, destaca o texto.

O local, que abriga acervo bibliográfico, ou seja a Biblioteca Germano Gelmini, palco para diversas atrações culturais, foi castigado pelas fortes chuvas ocorridas entre dezembro e janeiro deste ano. Segundo a Administração do local, o acervo de livros está preservado em local onde não há risco iminente, já que apenas uma parte do telhado apresentou problemas.

Problemas estruturais da sede da Biblioteca de Águas de Lindoia são graves

No dia 19/11/2021 o responsável pelo setor de cultura encaminhou ofício relatando os problemas no prédio. Em uma semana, a Secretaria de Obras avaliou a obra e providenciou o memorial descritivo e as planilhas de materiais a serem utilizados, com a expectativa de início da obra no início deste ano.

Segundo a divulgação da Prefeitura em seu site Oficial, técnicos da Secretaria de Obras estiveram no local e verificaram que não existe a necessidade, no momento, de nenhuma alteração nas planilhas e no cronograma de obra devido aos efeitos causados pelas chuvas neste mês de janeiro.

No dia 4 de janeiro deste ano o prefeito Gil Helou esteve no local verificando se o prédio poderia abrigar a campanha de vacinação contra Covid-19 e, ao ver a situação do prédio, determinou maior celeridade no processo de licitação das obras.

No dia 11 de janeiro a obra seguiu para o setor de compras e o processo de licitação está tramitando. A expectativa é de que, resolvida a questão com o TJ-SP, a obra possa ter início ainda em fevereiro e que seja concluída em até dois meses.

Acervo do Tribuna das Águas será retirado da Biblioteca

Nesta semana a direção do Tribuna das Águas solicitou a retirada de seu acervo impresso da sede da Biblioteca. São centenas de exemplares, com 30 anos de história da Imprensa escrita deste periódico, que estavam guardados naquela instituição, porém correndo riscos de danos irreversíveis devido a má conservação e acomodação.

Os exemplares do Tribuna das Águas foram cedidos pela empresa de comunicação para que o município guardasse em custódia, devido a falta de espaço na sede da empresa para a preservação do acervo cultural. A Prefeitura há mais de 3 anos tinha a guarda do material jornalístico.

Um leitor desta página encaminhou a direção do jornal um vídeo (veja abaixo) mostrando o perigo que o acervo sofria nos dias de intensa chuva, sendo que parte dos exemplares estava numa sala com goteiras e muita umidade, protegido com sacos plásticos e visivelmente sob péssimas condições de conservação.

O acervo do Tribuna das Águas deve ser retirado da Biblioteca na próxima semana e será acolhido nem espaço cedido pela Prefeitura de Lindoia. A intensão da proprietária do acerto, Eliane Prado, é mobilizar a comunidade cultural para que a História de Imprensa local seja preservada e os conteúdos disponibilizados para acesso público.

“Trata-se da história recente de toda a região que não pode ser deteriorada. Parte do acervo já está digitalizada e precisamos agora formar grupos de historiadores para que o conteúdo desses 30 anos de produção jornalística seja estudado, analisado, liberado para pesquisas e consultas. A história é a base de toda cultura e por isso deve ser preservada”, destaca.

Museu é promessa antiga, mas sem endereço

Na reunião do Conselho Municipal de Cultura de Águas de Lindoia, de 1º de julho de 2021, o então diretor de Cultura, Joel Raimundo de Souza, informou que o Museu Miriam Tozzi Bernardino seria realidade em 2022.

Segundo o diretor de Cultura naquela época, uma visita técnica estava planejada para a adequação e planejamento do projeto do Museu Míriam Tozzi Bernardino, uma homenagem a neta do fundador de Águas de Lindoia, Dr. Francisco Tozzi.

Miriam Tozzi Bernardino lutou para que os objetos e documentos da família Tozzi tivessem preservação, cuidados e acesso público. Ela lutou pela conquista do Museu Histórico durante décadas, mas uma série de reveses políticos a afastaram do feito.

Segundo Joel, o prédio do Museu, que atualmente ocupa a Biblioteca Municipal em caráter precário, será todo adaptado para acolher o acervo que terá um tratamento moderno e digital. A Biblioteca Municipal deve funcionar na antiga sede da Guarda Miriam, na Rua Amazonas, ao lado da Delegacia.

O Prédio citado pelo ex-diretor de Cultura e atual diretor de Turismo também possui sérios problemas estruturais.

Foto: Reprodução Google

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