Museu “Miriam Tozzi Bernardino” é promessa para 2022

Na reunião do Conselho Municipal de Cultura de Águas de Lindoia, desta quinta-feira, 1º de julho, o diretor de Cultura, Joel Raimundo de Souza, informou que o Museu Miriam Tozzi Bernardino será realidade em 2022.

Segundo o diretor de Cultura, haverá uma visita técnica para a adequação e planejamento do projeto do Museu Míriam Tozzi Bernardino, uma homenagem a neta do fundador de Águas de Lindoia, Dr. Francisco Tozzi.

Miriam Tozzi Bernardino lutou para que os objetos e documentos da família Tozzi tivessem preservação, cuidados e acesso público. Ela lutou pela conquista do Museu Histórico durante décadas, mas uma série de reveses políticos a afastaram do feito.

Segundo Joel, o prédio do Museu, que atualmente ocupa a Biblioteca Municipal, será todo adaptado para acolher o acervo que terá um tratamento moderno e digital. A Biblioteca Municipal funcionará na antiga sede da Guarda Miriam, na Rua Amazonas, ao lado da Delegacia.

“O prefeito Gil Helou, autorizou o andamento para que Águas de Lindoia tenha finalmente o nosso tão sonhado museu. Nesta quarta-feira estive com o presidente do municipal do Conselho de Cultura, Murilo Kammer, visitando o prédio que foi construído para ser o futuro museu. Gil vai cumprir o compromisso assumindo com nossa saudosa Miriam Tozzi”, explicou Joel Raimundo de Souza.

Miriam Tozzi Bernardino lutou durante décadas para que o Museu Histórico abrigasse os documentos de fundação e emancipação de Águas de Lindoia

Saga de Miriam Tozzi Bernardino em prol ao Museu

A criação de um museu ou de um memorial que tornasse pública a história de Águas de Lindóia, cujo desenvolvimento se deu por meio das águas termais pela iniciativa do médico e fundador da cidade Francisco Tozzi, é um assunto antigo.

Uma das principais defensoras do museu foi a saudosa Miriam Tozzi Bernardino, neta do fundador, que faleceu em outubro de 2017. Ela foi a principal detentora de documentos e objetos históricos datados desde o início do século passado, quando Francisco Tozzi veio para região e comprou as terras onde hoje se encontra o Balneário Municipal.

Em 2002, o então prefeito Geraldo Mantovani Filho (PSDB) apresentou o primeiro projeto da construção do então memorial para pleitear recursos no Departamento de Apoio e Desenvolvimento das Estâncias (Dade).

Anunciado com grande entusiasmo naquele ano, a construção de fato só começou em 2005, na gestão de Eduardo Ambar (Sem Partido). Orçada em mais de R$ 415 mil, a obra chegou a ser paralisada por falta de repasse e teve sua conclusão em 2008.

No mesmo ano, um projeto de lei aprovado na Câmara alterou o nome do prédio passando de memorial para museu. No entanto, o prédio – localizado na Praça Dr. Francisco Tozzi, na Vila Assunção, ao lado do Ginásio Municipal de Esportes – nunca recebeu documento ou objetos relacionados à história da cidade.

Isto porque em 2009, o recém-empossado prefeito Martinho Mariano (PSB), decidiu promover uma reestruturação física da administração e definiu que o local abrigaria a Biblioteca Municipal, mudando a finalidade do imóvel.

Em abril de 2009, a biblioteca que ficava no então Centro de Vivência Pesquisa e Estudo da Educação Básica Municipal “Elza Maria de Almeida Bueno” – atual sede da prefeitura na Rua Professora Carolina Fróes –, foi transferida para o prédio construído para ser museu.

O objetivo do ex-prefeito era deixar de pagar aluguel de R$ 20 mil/mês do antigo Hotel Lindóia, que abrigou o Paço Municipal na gestão de Eduardo Ambar. Com a decisão, as diretorias e o gabinete voltaram para o prédio da Rua Professora Carolina Fróes.

Veja fotos da ocupação do prédio pela Biblioteca Municipal em 2009

Gestão Gil Helou

Em 2017 a Prefeitura de Águas de Lindóia realizou um estudo a fim de criar um museu para Águas de Lindóia no Balneário Municipal, no local onde havia uma feira de malhas e artesanatos. A ideia era que o espaço abrigasse tanto acervo histórico como fatos relacionados ao termalismo.

Uma comissão foi criada para discutir o assunto. com a participação do secretário de Turismo, Lauro Franco, do diretor de Cultura da época, Renan Sambo (PSB), do diretor do Balneário, Eduardo Pirani, e do responsável pelo setor de planejamento, Guilherme Borges. Também participaram Claudio Tozzi e Rogério Rizzo, bisnetos do fundador do município, o médico Francisco Tozzi.

Na época, em uma primeira análise, o antigo espaço da feira de artesanato poderia ser reformado para abrigar o Museu Histórico do Município, o Museu sobre a água e o termalismo, além de um espaço destinado a contar a história da Revolução Constitucionalista de 1932.

Foto: Divulgação / Arquivo TDA

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