Sarapatel Nº 4, por Ismael Rielli

Sarapatel Nº 4, por Ismael Rielli.

 

Noel exclamou pesaroso

Vendo a cidade: – Jesus!

Quanto cartaz luminoso

E quanto teto sem luz!

(Lilinha)

                             

Adeus Mário Matielo

Águas de Lindoia mais pobre. Partiu Mário, o último dos Matielo da primeira geração. Pioneiro dos portos de areia em Lindoia ao lado da polêmica ponte dos arcos. De fala mansa, tinha um coração que não era dele.

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Informa-nos Élio Gaspari que em maio, Bolsonaro foi a São Gabriel da Cachoeira (AM) e inaugurou uma pequena ponte de madeira.

Feitas as contas, vê-se que o deslocamento de sua comitiva custou à viúva o preço de dez pontes.

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De vez em quando surgem palavras ou expressões que atacam fortemente nosso idioma. Algumas morrem logo; outras duram mais e vicejam na boca de jornalistas, de políticos, de influenciadores.

Hoje nada mais acontece ”por causa de”; tudo acontece “por conta de”. Tempos atrás “com certeza” aparecia a torto e a direito em qualquer fala.

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Graças ao bom Deus está em decadência o gerundismo, que, como erva daninha, vassoura de bruxa  atacou o português: vou estar me encontrando com ele… Ela vai estar comemorando bodas de ouro…

A palavra da moda hoje é “robusto”, termo muito usado antigamente para anunciar o nascimento de uma criança saudável.

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Provas robustas está encontrando a CPI da COVID – O COVIDÃO, contra o genocida que até ontem se jactava em dizer  com a boca cheia que não há corrupção em seu governo. Caiu a máscara; caiu seu último bastião; está caindo; está derretendo sua intenção de votos, 23%.

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Ricardo Barros é o Fiat Elba que faltava. Com Omar, Randolfe e Renan, essa CPI não vai terminar em pizza. O capitão cloroquina está rodeado de corruptos influentes.  É correto gastar – se milhões dos nossos impostos com “motociatas” (mais uma palavra nova) fora do período eleitoral? Gastar milhões com as tais urnas impressoras? E as rachadinhas?

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Que bom seria se o numero 1, o senador Flávio nos ensinasse como se ganha tanto dinheiro de uma hora para a outra! como enricar sem roubar, como se compra uma mansão de 6 milhões? Com a incrível loja de chocolate?

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E o dendrófobo (inimigo das arvores) aquele Sales de “ocrinhos” redondos, finalmente caiu de maduro, mas vai ter de prestar contas de suas falcatruas. Carmen Lucia já determinou o recolhimento do passaporte. Ele não vai poder fugir como o ex ministro da educação Waintraub que queria por na cadeia “os 11 ministros vagabundos do STF”.

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 Voltando, neste Sarapatel Nº 4, aos batismos de nossas ruas.

Depois de homenageados no centro todos os estados (tirante a Bahia) e alguns países, chegou a vez das capitais que batizaram todas as ruas do novo loteamento Jardim Mirante.

Porto Alegre abiscoitou a principal rua.

Não contemplado o estado de Roraima, a capital Boa Vista denomina a rua – estrada que nasce na encruzilhada da Av. Monte Sião com a Rua Lindoia, na entrada dos Porfírios e acaba na Rua Curitiba atrás do Hotel Cavalinho Branco.

Vocês já botaram reparo como está se desenvolvendo aquela artéria com muitas casas modernosas talqualmente a Bela Vista, um pouco acima, a ultima no morro do finado Durão?

E a Curitiba que contorna por trás o hotel Cavalinho Branco, por que não há cristo, uns 5 prefeitos já se passaram e não foram capazes de asfaltar-lhe os menos de 50m que continuam de terra?

Será que o Gil II não executa essa “grande” obra que facilitaria o acesso à Boa Vista, evitando um cotovelo perigoso atrás da morada desse escriba? Essa rota é muito procurada por quem vem de ou vai pra Monte Sião.

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Consta que a rua invade propriedade particular. Indenize-se o proprietário. Afinal não existe a tal de servidão?

Afinal não houve aqui um prefeito que durante seu próprio mandato acionou a prefeitura ? Onde já se viu isso? E abiscoitou uma boa grana por causa da Rua das Rosas ter comido o pedaço de um lote que ele adquiriu anos depois da rua aberta? São coisas do arco da velha que acontecem só aqui na finisterra.

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A ideia desses batismos não é totalmente reprovável: capitais no Jardim Mirante, flores e pedras preciosas na Vila Assumpção, aves e pássaros no Jardim dos Pássaros (Barreiro) e no Maria Andrade.

Nomes de cidades vizinhas e longínquas se espalham pelo Sertãozinho, Francos, Porfírios, e Parque das Fontes, merecendo destaque Monte Sião, Lindoia, Campinas, Americana.

Foram lembrados e contemplados:

Aguaí, Agulhas Negras (?), Americana, Amparo, Araras, Atibaia, Bauru, Bragança, Caldas Novas, Campinas, Campos de Jordão, Caxambu, Dracena, Guaratinguetá, Holambra Itaparica, Itapira, Itatiba, Itu, Jabuticabal (pelo bairro, não pela cidade), Jacutinga, Jaguariúna, Jaú, Jundiaí, Leme, Limeira, Lindoia, Mairiporã, Mirandópolis, Mirassol, Mogi Guaçu, Mogi Mirim, Monte Alegre do Sul, Monte Sião, Monte Verde, Morungaba, Passo Robles, Pedreira, Pinhal, Piracicaba, Pistóia, Pocinhos do Ouro Verde, Poços de Caldas, Rio Claro, Santos, São Carlos, São José dos Campos, São Pedro, Serra Negra, Socorro, Sorocaba, Tatuí, Termas Quilombo(?).

Ouro Fino foi cassada e virou Caminho das Cascatas

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Era meio exótica a situação da rua Piracicaba que, durante muito tempo, teve seu inicio truncado pelo Clube do Cocada.

Ela apresentava também dois ramais que dificultavam a localização das residências.

Com a ajuda de Texaco, em nosso ultimo mandato de vereador, decepamos esses dois galhos, denominando – os de vereador Hermínio Gomes de Moraes e vereador Narciso Alves, ambos do Sertãozinho.

Qual teria sido o critério para a escolha das cidades, além das proximidades delas conosco?

Por que será, sem nenhum desprezo, quem teria escolhido, por exemplo, Dracena e Mirandópolis, tão distante da gente?

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A parte alta do Sertãozinho fazia parte das terras do Dr. Humberto Tozzi.

Duas de suas 4 mulheres eram cariocas: a ultima, Carminha – aquele pedaço do Bela Vista é conhecida como Chácara Carminha, a Carioca que quis homenagear o Rio com as ruas Botafogo, Copacabana e Flamengo.

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Por falar em Dr. Humberto que vida atribulada que aquele coitado teve!

Enviuvou 3 vezes: duas de maneira trágica e inusitada: uma esposa afogada numa banheira, outra da queda de um cavalo. A terceira, cujo cavalo empinou e jogou-a com a cabeça na guia, bem em frente ao ponto de charretes, na praça Ademar.

A estimada filha única, Rita, também teve vida breve.

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A única coisa boa que o traidor Temer fez em seu governo usurpado foi indicar Alexandre Moraes para o STF.

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Abaixa-te Serra Negra,

Deixa me ver Mogi Mirim

Quero ver se aquela ingrata

Inda se lembra de min

* Ismael Rielli, Águas de Lindoia. É professor aposentado, jornalista, escritor e ex-vereador. Tem atualmente um ponto de cultura no Sebo do Ismael, em Águas de Lindoia. * colaboração de Rodrigo Martins na revisão de Sarapatel Nº 4.

Além de Sarapatel Nº 4, leia também:

https://www.tribunadasaguas.com.br/2021/06/05/cultura-e-politica-sarapatel-no-3-por-ismael-rielli/