Após desabafo, professor garante dose da vacina contra Covid-19

Uma semana depois de publicar um vídeo protestando por não conseguir se imunizar contra a covid-19, o professor de Itapira, Paulo César Dalmolin, 52 anos, conseguiu garantir sua dose. A vacinação aconteceu nesta quinta-feira, 20, em Indaiatuba, onde trabalha três vezes na semana.

Embora tivesse direto à vacina, a falta de um QRcode, que é emitido após a ratificação do cadastro no site Vacina Já Educação, impedia que o professor recebesse o imunizante.

Na quarta-feira, 19, o prefeito de Indaiatuba, Nilson Alcides Gaspar (MDB), usou uma rede social para anunciar que o problema estava resolvido, após contato com a Secretaria de Estado da Educação. Segundo informou, 143 profissionais da educação receberiam o QRcode e poderiam, assim, comparecer ao local de vacinação no dia seguinte.

O vídeo, publicado no Instagram de Paulo César, teve quase dez mil visualizações e gerou repercussão. De acordo com ele, seu desabafo foi essencial para a resolução, uma vez que há um mês tentava uma resposta para o problema, tanto na prefeitura como no governo estadual.

Entenda o caso

Há um mês, o Governo do Estado de São Paulo começou a vacinar os profissionais da educação, com idade acima de 47 anos, contra a covid-19, porém, mesmo com o cadastrado aprovado, nem todos conseguiram garantir a dose por uma falha do sistema eletrônico criado pela Secretaria de Estado da Educação.

Este foi o caso do morador de Itapira, Paulo César Dalmolin, 52 anos. Professor de Biologia da rede particular, ele optou em se vacinar pelo município de Indaiatuba, onde trabalha três vezes na semana. Mesmo com o cadastro aprovado, o sistema não gera um QR code, cuja apresentação é obrigatória no ato da vacinação.

Na quarta-feira, 12, como forma de protesto, Paulo César publicou um vídeo nas suas redes sociais, relatando o problema. No vídeo o professor fala acerca das falhas do sistema, da falta de explicação do governo estadual e da frustração de não ter seu direito à vacina atendido.

Segundo o professor, um dos primeiros passos para tentar resolver o problema foi ligar no 0800 da Secretaria de Educação estadual. Após muita espera, um atendente o orientou a abrir uma reclamação no site da pasta. Uma semana depois, ele recebeu uma resposta, afirmando que o caso estava resolvido e que era para conferir a caixa de mensagem de seu e-mail. “Na realidade, nada foi resolvido e o QR code não aparece”, lamenta.

O professor buscou informações na Prefeitura de Indaiatuba para tentar entender o motivo de não receber o código. “Como o problema é do governo estadual, o município afirma que nada pode fazer, e que sem o QR code não pode vacinar”.

Ele conseguiu a liberação do QR code na quarta-feira (19) no período da tarde e foi imunizado na quinta-feira (20).

Confira o vídeo postado no instagram: https://www.instagram.com/p/COyyK69hdxL/

Foto: Montagem do momento da vacinação de Paulo César Dalmolin nesta quinta-feira (20).