Pouso Alegre anuncia a compra de 400 mil vacinas Sputnik e microrregião pode ter acesso imunizante

O prefeito de Pouso Alegre, no Sul de Minas Gerais, Rafael Simões (DEM) usou as redes sociais e informou que garantiu a compra de 400 mil doses da vacina contra Covid-19 Sputnik V para a cidade e para a região, no sábado, 13. Na ocasião Simões se encontrou com Fernando Marques, presidente da Indústria Farmacêutica União Química, que tem uma unidade fabril em Pouso Alegre e que produzirá as doses da vacina russa no Brasil, a partir de abril.

Em vídeo compartilhado nas redes oficiais da prefeitura, o presidente da União Química lembra que 10 milhões de doses da vacina Sputnik V já foram compradas pelo governo federal. Com o início da fabricação no próximo mês, a indústria poderá destinar as doses para Pouso Alegre e microrregião.

Segundo divulgado pelo jornal O Tempo, diferentes cidades de Minas Gerais estão prevendo compras individuais da vacina Sputnik. A prefeitura de Betim, foi a primeira, com o anúncio feito pelo prefeito Vittorio Medioli de compra de 1,2 milhão de doses do imunizante para a cidade. Na sequência, Belo Horizonte, Contagem e Santa Luzia, todas na região metropolitana, também fizeram anúncios similares.

A compra de imunizantes Sputnik por prefeituras é viável graças a uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que permite que os municípios adquiram doses caso o volume enviado pelo Ministério da Saúde seja insuficiente. O uso desse imunizante no Brasil ainda não foi permitido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), mas sua compra já é autorizada. Desde dezembro, a vacina já é usada em diversos países, como Argentina, Bolívia, Paraguai e Venezuela.

A situação na microrregião do Sul de Minas Gerais é crítica sob o aspecto de internações para pacientes graves contaminados pelo novo coronavírus. Conforme o boletim da Prefeitura de Pouso Alegre, cidade referência no Sistema Único de Saúde (SUS) para 153 municípios da região, a ocupação dos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) no Hospital das Clínicas Samuel Libânio é de 97% e de leitos clínicos, 82%.

Fonte: O Tempo