UMA QUESTÃO DE VIDA OU MORTE, por Celso Antunes
UMA QUESTÃO DE VIDA OU MORTE
Antes das chuvas o lago Cavalinho Branco secou.
Virou notícia de imprensa, comentários e fotos circularam pelas redes sociais.
O lago serviu de ilustração do problema da insuficiência de água de abastecimento em época de seca.
Não houve divergência, entre a população e o governo municipal, quanto à necessidade de providenciar para evitar racionamento de água no futuro.
A unanimidade existiu pelo entendimento simples e lógico de um problema que causa sofrimento geral.
Nenhum negacionista manifestou que a seca do Cavalinho Branco não existia.
O mais extremado seguidor da direita não disse que era uma “secazinha”.
Os que reclamavam da falta d’água não eram chamados de comunistas ou de maricas.
Se alguém dizia que não tinha água na torneira da casa, não ouviu a resposta: “E daí?”. “Quer que eu faça o quê?”.
Como se nota, foram declarações de Bolsonaro quando ainda havia 5 mil mortos na pandemia, um grave problema nacional.
Demorou a chegada da vacina já havia 185 mil mortos, amedrontou a população inventando efeitos adoidados como virar jacaré, nascer barba em mulher e homem começar a falar fino.
Hoje a situação é mais cruel, ultrapassando a 625 mil mortes, ressurgindo as mortes diárias acima de 700 casos, 1.500 crianças foram mortas em data recente.
O Ministério da Saúde notificou que a variante Ômicron já causou 2.400 casos de Síndrome Inflamatória Multissistêmica Pediátrica.
Todos os órgãos do corpo da criança podem ser atingidos pelo vírus causando grande sofrimento.
Diante da evidência clara de tragédia, o presidente continua criando obstáculos para a vacinação infantil.
Bolsonaro conduz muito mal o combate à pandemia.
Os brasileiros resistiram, 90% é a favor da vacinação, 75% já se vacinaram.
A vacinação das crianças é a continuação de uma luta de resistência entre a vida e a morte.
*Celso Antunes, Águas de Lindoia (SP), escreve toda semana neste espaço.
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