CABEÇA DE PAPEL, por Celso Antunes

CABEÇA DE PAPEL

O lindoiense venceu a barreira de montanhas da cidade e passou a enxergar o horizonte da política nacional.

Participantes do grupo “Somos Bolsonaro” estiveram no balão da rua São Paulo, em manifestação pelo voto impresso, em 01 de agosto.

Esse exercício democrático vem justificar os 83% dos votos da cidade em Bolsonaro, resultado dos mais expressivos em todo território nacional.

Nova convocação pelo voto impresso circula nas redes sociais para o dia 07 de setembro.

A programação deve ser alterada, pois a proposta de voto impresso foi rejeitada pela Câmara por 55% dos 513 deputados, terça-feira (10.08). O assunto está encerrado.

Nada impede, pelo costume bolsonarista, de continuar a batalha mesmo que Bolsonaro desista dessa ideia.

O raciocínio serve para a hipótese de que se Bolsonaro perder as eleições em 2022 o seguidor de Bolsonaro não deixará de ser bolsonarista, pois sonha com intervenção militar.

Manifestar opiniões fortalece a democracia, a participação do povo nas ruas é o verdadeiro sentido da liberdade na democracia.

É hipocrisia política, para não usar o termo traição, usar meios democráticos de manifestação para exigir a instalação de regime militar e pôr fim à democracia representativa dada pelo voto.

Essa desgraça tem nome, golpe político, um veneno que mata o bem mais precioso, a liberdade.

Todo golpista é bolsonarista, Bolsonaro é apenas espelho das pessoas.

A visão de mundo desigual, onde a força prevalece sobre a razão, existia antes de Bolsonaro e continuará existir depois dele.

Mito significa revelação do instinto bárbaro adormecido na sociedade que recebeu o nome de quem o despertou: bolsonarismo é modo de pensar.

Cidade de Reservistas de 3ª Categoria, dispensados do serviço militar como são os lindoienses, exigir intervenção militar é piada de boteco.

A cultura militar lindoiense é apenas uma cantiga “Marcha soldado cabeça de papel…”

 

*Celso Antunes, Águas de Lindoia (SP), escreve toda semana neste espaço.

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