Greve de funcionários da hotelaria mostra abalo do turismo durante pandemia Covid-19

Movimento começou com 80 % de adesão e agora congrega 50 % dos funcionários (divulgação / Reprodução)

Os funcionários de um hotel na entrada de Águas de Lindoia estão em greve desde às zero horas de sexta-feira, 29 de janeiro. O movimento começou com 80 % de adesão e agora congrega 50 % dos funcionários. Segundo o Sindicato dos Hotéis, Bares, Restaurantes e Similares de Águas de Lindoia e região (Sinthoresca) o estado de greve foi decretado no dia 21 de janeiro em função de parte dos funcionários não terem recebido salários de novembro, e todos não receberem salários de dezembro e 13º. Na ocasião, a empresa foi representada por seu advogado que acordou que parte do pagamento das pendências seria quitado em 23/01 e outra parte em 28/01. O primeiro acerto foi feito, mas a segunda parcela que venceu dia 28 não foi depositada.

Diante da situação de Estado de Greve, os funcionários decidiram entrar em greve até o pagamento ser feito. Hoje, um dos membros do Sinthoresca informou que na sexta-feira a empresa fez pagamento para alguns funcionários que retornaram ao trabalho, o que foi considerado pelos grevistas como assédio e desmobilização do movimento de greve já estabelecido. “Até o momento não há posicionamento oficial sobre os pagamentos”, disse Sandro Queirós, responsável pela comunicação do Sinthoresca.

O Outro lado

Ana Luisa Nory, gerente de Marketing da empresa hoteleira informou que as dificuldades encontradas pelo setor de turismo desde o início da pandemia Covid-19 são muitas, mas se agravou com o fim do auxílio emergencial do Governo Federal, a implantação no Estado de São Paulo do Plano SP, fase vermelha, tanto nas festas de final de ano e agora em dois finais de semana de janeiro, bem como, o cancelamento do ponto facultativo no Carnaval.

Ela disse que a intenção da empresa é honrar seus compromissos e reestabelecer os pagamentos, mas que todos os planos estão sendo invalidados diante dessa situação de incertezas geradas pelos Decretos Estaduais e os números da pandemia no Estado de São Paulo e no Brasil.

Segundo a gerente, a empresa encontra-se em recuperação judicial, o que a descredencia de uma série de fomentos para o setor, mas todos os esforços são para que a empresa continue em funcionamentos e mantendo os empregos ativos. Ela não confirmou pagamentos, mas fez um apelo para que os funcionários que eles entendam que a situação é crítica, mas ainda é possível lutar para que a hotelaria se recupere desta crise agravada pela pandemia. “foram muitos cancelamentos que atrapalharam toda a nossa programação”, explica.

 

Funcionários estão apreensivos com a retomada de alguns ao serviço e a denúncia de contratações sem pagar os ativos (divulgação / Reprodução)