Águas é a 9ª cidade mais afetada por queda de energia devido a queimadas

Além dos danos ambientais, as queimadas foram responsáveis por interrupções de energia no Circuito das Águas e na região. Um levantamento feito pelo Centro de Operações da CPFL Paulista mostra que 151 cidades (64% da área de atuação da concessionária) registraram problemas com fornecimento de energia, entre elas Amparo, Águas de Lindoia e Serra Negra.

Na região de Campinas, foram contabilizadas 282 interrupções no fornecimento de energia causadas por queimadas, mais de três por dia. Das 35 cidades atendidas pela companhia, 27 delas, ou seja, 77% do total, tiveram clientes afetados pelos efeitos das queimadas na rede de transmissão e distribuição de energia.

Entre os 15 municípios com mais interrupções na região entre junho e agosto, Campinas registrou 58 ocorrências, ficando em primeiro lugar. Hortolândia ocupa a segunda posição, com 39 casos, e Americana é o terceiro da lista, com 35 registros.

Águas de Lindoia foi o nono município mais atingido com queda de energia causado por incêndios, num total de 10 entre junho e agosto. Itapira aparece logo em seguida, em décimo lugar, com nove ocorrências. Serra Negra teve oito registros de falta de energia, e Amparo, três, no mesmo período.

Transtornos à população

Quando uma queimada é realizada sem a autorização dos órgãos ambientais competentes e de forma irresponsável, o fogo muitas vezes sai do controle e atinge áreas habitadas, de preservação e redes de transmissão e distribuição de energia. Nesses casos, o fornecimento fica prejudicado, causando transtornos aos clientes da CPFL Paulista.

Nessas situações, o trabalho das equipes de manutenção da companhia fica dificultado por conta do fogo, que precisa ser combatido pelos bombeiros para que os trabalhos possam ser iniciados. Dependendo da queimada, esse combate às chamas pode levar horas, elevando ainda mais o tempo que a população fica sem energia e os eletricistas sem poder reparar a rede por motivos de segurança.

A CPFL Paulista sempre age rapidamente realizando manobras em sua rede de distribuição, de forma a deixar a menor quantidade possível de unidades consumidoras afetadas. No entanto, quando as queimadas afetam áreas rurais, por exemplo, centenas de metros de rede precisam ser reconstruídos, com a substituição de postes, cabos e outros equipamentos danificados pelo fogo. Um trabalho complexo, que demanda acesso a lugares e terrenos não convencionais, maquinário pesado e colaboradores atuando em mais turnos para que a conclusão aconteça o quanto antes.

Rede elétricas e queimadas

Na estiagem, a pouca umidade, a vegetação baixa e os ventos fortes são fatores que podem provocar incêndios. Além disso, até mesmo uma queimada mal controlada para atividades agrícolas também pode colocar em risco o fornecimento de energia, atingindo os cabos elétricos, desligando a rede e provocando prejuízos para os todos, além de danos ao meio ambiente e à segurança da população.

O calor do fogo, mesmo quando não atinge diretamente os cabos elétricos, junto da fuligem levada pelo vento e grandes volumes de fumaça, também pode provocar curtos-circuitos ou rompimento de cabos, interrompendo o abastecimento de cidades inteiras. O ar quente gerado pode criar um campo ionizado, propiciando o fechamento de arcos elétricos* que desligam as linhas de eletricidade.

Por isso, a CPFL Paulista dá algumas dicas para o convívio adequado entre rede elétrica e queimadas:

  • Não realize queimadas em áreas próximas às redes elétricas.
  • Faça “aceiros” para controlar o fogo.
  • Respeite a “faixa de servidão” ao realizar o plantio.
  • Não solte balões. Além de ser proibido por lei, o balão provoca incêndios.
  • Não jogue pontas de cigarro acesas nas matas ou em acostamentos das rodovias. Muitos incêndios surgem desse ato.
  • Ao identificar um foco de incêndio, avise a Guarda Florestal e o Corpo de Bombeiros. Se for às margens de uma rodovia, ou próximo de uma rede elétrica avise também a concessionária ou órgão estadual responsável.