Greve dos Correios atinge 40% da categoria na região de Campinas

De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores de Correios de Campinas e Região (Sintect-Cas), a adesão dos funcionários à greve nacional chegou a 40% nesta quarta-feira, 19.

A paralisação começou na segunda-feira, 17. Na pauta de reivindicam está a manutenção de garantia dos direitos trabalhistas e de saúde durante a pandemia. Além disso, os funcionários colocam-se contra a privatização da estatal e reclamam da revogação do atual Acordo Coletivo.

De acordo com a associação, não há prazo para o fim da paralisação. A greve envolve todos os setores da área operacional da empresa, que inclui carteiros, atendentes, operadores de triagem e transbordo e suporte.

Em nota, a assessoria de imprensa dos Correios informou que 83% dos 99 mil empregados prosseguiam trabalhando regularmente nesta quarta-feira, 19.  Ainda de acordo com a assessoria, a rede de atendimento dos Correios está aberta em todo o país, com a oferta do portfólio completo de serviços e produtos da empresa.

Reivindicação

Em nota, a federação sindical afirma que dirigentes sindicais vinham tentando negociar as reivindicações dos trabalhadores com a direção da empresa desde o início de julho.

“No entanto, além de se negar a negociar, a diretoria surpreendeu a categoria ao revogar o atual Acordo Coletivo de Trabalho (ACT), que estaria em vigor até 2021”, sustenta a federação, acrescentado que, com a suspensão do ACT, 70 cláusulas foram revogadas unilateralmente.

De acordo com a Fentect, entre os benefícios suspensos com a decisão da empresa estão o vale alimentação; auxílio creche; adicional de risco de 30%; licença maternidade de 180 dias; indenização por morte; auxílio para filhos com necessidades especiais; pagamento de adicional noturno e horas extras, entre outros.

Os trabalhadores também temem pela possibilidade de privatização dos Correios. E lembram que, para minimizar os riscos de contágio pelo novo coronavírus, tiveram que recorrer à Justiça a fim de garantir o fornecimento de equipamentos de segurança, álcool em gel, testagem e afastamento dos empregados que fazem parte de algum grupo de risco, bem como daqueles que moram com crianças em idade escolar ou com outras pessoas que integram algum grupo de risco.

Imagem: Agência Brasil