Sarapatel nº 27, por Ismael Rielli

Sarapatel nº 27

Canito’s

Canito é o apelido do hilário Jornalista J.B de Souza Freitas ou simplesmente Souza Lindoiano da Gema, filho do Oleiro Dito Freitas e da inesquecível mestra Iracema de Freitas, que emprestou o nome à Escola da Praça.

Foi o jornalista responsável pelo jornal O Hidrófilo. É irmão do doutor Zé Alberto, o Gastão, que foi diretor do Hospital Centrinho de Bauru, especializado em recomposição de lábios leporinos. Esse hospital acolhe pacientes de todos os quadrantes. No jardim do hospital há um busto do Dr. Zé Alberto. Canito publicou vários livros e colaborou com muitos jornais e revistas. Canito e Gastão orgulham a terra em que nasceram.

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Números inaceitáveis, pornográficos, assustadores.
No Brasil ocorrem 822 mil estupros por ano.
Na cidade de São Paulo morre um motoqueiro por dia.
5 milhões de dólares, o preço para o impoluto Sérgio Moro aliviar numa delação premiada.

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O Titanic, que afundou, em 1912, guarda nos seus destroços os restos mortais de 1517 passageiros e muita fortuna proibida de busca.

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O holofótico promotor do “power point” está experimentando do veneno que tanto usou. Por 7 a zero foi destituído do cargo de deputado federal pelo Paraná. Quis dar uma de espertinho renunciando à promotoria e se estrepou. Pego pela lei da ficha limpa, agora tem 8 anos para se preparar para outra disputa. Uma ridícula carreata com míseros 3 carros em Curitiba desapontou-o. Ele esperava ser acolhido por uma multidão. Aguardavam-no meia dúzia de gatos pingados.

O próximo é o ínclito, impoluto, honestíssimo, ilibado.

Sérgio Moro. Vai cair por causa da campanha milionária e desigual para o Senado do Paraná, ao derrotar Álvaro Dias que tanto o badalava e o queria candidato á presidência.

Além de perder o cargo ele está sujeito a ir pro xilindró porque Tacla Duran, advogada da Odebrecht, afirma ter comprovantes de pagamentos da primeira parcela dos achaques a que foi submetido pelo iníquo juiz, por intermédio do escritório da “Conja” Rosana Moro, sócia do Zucoloto. Preço estipulado da transação: cinco milhões de dólares. Primeira parcela paga 600 mil dólares. É muito dinheiro: Eta juizinho caro. Nada como um dia após o outro.

Hotel das Fontes

Digna dos maiores encômios a decisão do burgomestre de transferir para o Hotel das Fontes municipalizado a sede da prefeitura. Dava tristeza ver aquele imponente hotel, tão bem localizado, abandonado.

Construído com muito carinho e sacrifício pelos Irmãos Dauria, com uma longa interrupção durante a construção. Inaugurado, tornou-se logo o predileto da colônia Judaica que sempre foi fiel frequentadora de nossa Estância.

O Hotel das Fontes era chique, pomposo, imponente com sua magnifica varanda.
Roberto D’Auria morreu, precocemente, de acidente com sua Variante em Mogi Mirim, no dia em que Martinho foi eleito prefeito em outubro de 1982. Em respeito ao Roberto que tinha sido Vice Prefeito e Prefeito, não houve comemoração.

Começou então a decadência daquele suntuoso hotel que gerara um filhote – o M1.

Abandonado por muitos anos, leiloado, vendido e revendido, agora vai ser da Prefeitura que depois de reformado, acolherá todas as secretarias espalhadas pela cidade, com grande economia de aluguel e liberando o antigo Parque Hotel – atual sede – que será de grande utilidade para, por exemplo, museu, fórum, delegacia, biblioteca. Convém não esquecer que Toninho Nogueira já conseguira uma excelente conquista: o centro de eventos do Vacance.

Uma administração caranguejo deixou o Hotel Lindóia e voltou pro acanhado Parque Hotel. Nossa prefeitura já devia ter negociado o enorme e tradicional Hotel Lindóia e ali se instalado definitivamente.

Agora ficamos com o Hotel das Fontes. Está bom também. Afinal, de quem é o Lindóia hoje? De um milionário do Paraná? O que nos entristece é que ele continua parado, ocioso. Uma pena.

E o Vacance foi arrematado pelo Cacau Show ou não?

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O mais engraçado é que os maus tempos de hoje serão amanhã aqueles bons tempos de ontem.

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O dono da bola em geral, joga muito mal.

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De livros, no Brasil, quem melhor vive são as traças.

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Uma velha dança voltou à moda. Está todo mundo hoje em dia, dançando miudinho.

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O nariz que está sem lenço é o que mais escorre.

* Ismael Rielli, Águas de Lindoia.

É professor aposentado, jornalista, escritor e ex-vereador. Tem atualmente um ponto de cultura no Sebo do Ismael, em Águas de Lindoia. * colaboração de Rodrigo Martins na digitação e revisão de Sarapatel Nº 27.