MENTES PERTURBADAS, por Celso Antunes

MENTES PERTURBADAS

Não matarás – a mais fácil das dez lições do profeta Moisés ensinado há três mil anos, é o alicerce da humanidade.

O passo seguinte – amar ao próximo – é bem mais difícil.

Envolve perdoar o inimigo, desenvolver a fraternidade para conduzir o destino humano ao mundo socialmente justo.

Desde há dois mil anos, quando essa lição foi ensinada, tem se travado a luta contra um gigante da alma, o egoísmo.

Lentamente, como são todas as coisas naturais, a humanidade vem evoluindo no sentido maior.

A grande maioria dos brasileiros nunca matou ninguém e nem pretende matar, é grande o avanço.

O incentivo do presidente Bolsonaro ao armamento da população é oposto a grande maioria que espera a convivência social harmônica.

A liberação das armas é prioridade de seu governo.

Bolsonaro incentiva a compra de armas despertando outros gigantes da alma, o medo e o ódio, que são filhos do egoísmo.

O gesto da arminha com a mão é um disparador psíquico que funciona como autorização para matar.

Assim, o Brasil passou a viver em clima de extremismo, intolerância, ataques violentos e assassinatos que tendem a se agravar.

A tragédia de Foz de Iguaçu, onde um bolsonarista ferrenho invadiu a festa e matou o aniversariante, um petista pai de família, evidentemente, foi motivada pela conduta de Bolsonaro.

Bolsonaro semeia a morte.

É responsável pelo terrorismo disfarçado, por sua pregação diária, pois a semente germina na mente perturbada.

A força do absurdo está instalada com ameaça de golpe e guerra civil, chegando-se ao abismo das trevas do anticristo apocalíptico.

“Urge não  fechar os olhos a essa loucura”, conclama dom Walmor de Azevedo, presidente da CNBB, convocação que deve ser compartilhada por evangélicos, espíritas, outras religiões e ateus.

Só a derrota de Bolsonaro salva o Brasil, a responsabilidade é do cidadão de bem.

 

*Celso Antunes, Águas de Lindoia (SP), escreve toda semana neste espaço.

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