Empresário de Águas é libertado de sequestro após golpe do Tinder

Um homem de 46 anos, morador de Águas de Lindoia, caiu no golpe do aplicativo de relacionamentos Tinder, e foi liberado após ações dos policiais de Bragança Paulista e da Capital. Os criminosos utilizaram um perfil falso no aplicativo para conseguirem marcar um encontro com a vítima.

Segundo divulgado pelo Jornal  + Bragança, o homem marcou encontro pelo aplicativo Tinder e ao chegar no local, foi rendido por uma quadrilha armada. Ele foi sequestrado e levado para um cativeiro na Vila Brasilândia, em São Paulo.

No momento do encontro, na sexta-feira, o homem foi surpreendido pelos sequestradores que estavam em três veículos. “Só no que eu cheguei no endereço, eles chegaram em três carros: um de cada lado e um na frente, me fecharam. Saíram quatro homens armados de cada carro”, conta a vítima que caiu no golpe do Tinder.

O homem sequestrado disse em um vídeo divulgado nas redes sociais que foi brutalmente ameaçado e também sofreu violência por parte dos sequestradores que pediam resgate. “Me sinto nascido de novo. Tenho que aprender a não cair mais nessas besteiras”, comentou.

Operação Policial união policiais da região

Segundo o delegado de Polícia, Elton Costa, o sequestro-relâmpago foi comunicado ao Plantão da Polícia Civil em Serra Negra, na madrugada de sexta-feira para sábado. Os familiares da vítima são moradores de Águas de Lindoia e utilizaram a Delegacia de Serra Negra para o registro da ocorrência.

Ainda de acordo com o delegado, o homem vítima do sequestro estava se relacionando com uma mulher que conheceu através do aplicativo Tinder e marcou encontro na sexta-feira, dia 04. O encontro aconteceria em São Paulo. Ele foi conhecer a mulher, mas a situação era o Golpe do Tinder.

Elton Costa informou que os familiares da vítima procuraram a polícia após começarem a receber mensagens e imagens de vídeo do próprio celular do homem. Os sequestradores anunciaram o sequestro, com exigência de valor para a liberação dele.

Na versão da vítima, os bandidos mandaram mensagens para sua irmã, que desconfiou da situação, porém entendeu que se tratava de um sequestro relâmpago quando os criminosos fizeram uma chamada de vídeo em que aparecia a vítima junto aos bandidos encapuzados, sem possibilidade de identificação.

Segundo a reportagem do Jornal + Bragança, o valor negociado para o resgate foi entre R$ 50 mil a R$ 100 mil e deveria ser pago por meio do pix. Não se sabe ao certo o quanto foi pago para a libertação da vítima.

Devido a natureza do Registro de Ocorrência Policial, foram acionados a Polícia Civil de Investigações Gerais de Bragança Paulista, DIG; o Grupo Armado de Repressão a Roubos e Assaltos, o GARRA; o Serviço Aero Tático da Policia Civil, o SAT e o Departamento de Operações Policiais Estratégicas da Polícia Civil.

“Em praticamente 15 horas conseguimos ali uma série de ações para que a vítima fosse libertada e o encontramos com o auxílio da Polícia Militar“, conta o delegado. O homem vítima do golpe do Tinder foi encontrado na Brasilândia, Zona Norte de São Paulo, numa área de alta periculosidade.

Elton Costa diz que a partir de agora serão investigadas as pessoas que participaram do Golpe ou se beneficiaram de qualquer forma com os valores conseguidos no Golpe do Tinder.

golpe do tinder
Delegado de Polícia, Elton Costa (Reprodução  Jornal + Bragança)

Golpe do Tinder

O sequestro-relâmpago de homens que marcam encontros por aplicativos de relacionamento é um crime que está se tornando cada vez mais comum em São Paulo. Só em janeiro, ao menos três casos e uma tentativa frustrada foram registrados na zona norte da capital. Os encontros amorosos são armadilhas para a ação dos bandidos.

Os criminosos criam perfis falsos em sites de namoro com fotos e informações de mulheres atraentes para chamar a atenção das vítimas. Durante a paquera virtual, os sequestradores – os verdadeiros donos do perfil – mostram interesse na conversa, mas disfarçadamente tentam descobrir a condição financeira da vítima.

No encontro presencial, os bandidos aparecem e fazem o sequestro-relâmpago. A vítima é forçada a fazer transferências bancárias, via PIX (meio de pagamento instantâneo), pagamentos de boletos, saques e a usar cartões de crédito para compras.

Foto: Reprodução / Jornal + Bragança

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