A LEI, ORA A LEI!, por Celso Antunes
A LEI, ORA A LEI!
A confusão atual da nação é consequência da violência à democracia com a anulação do voto popular na deposição da presidente Dilma.
Desde então, sobreveio a desarmonia, caminhou-se para um beco sem saída e o Brasil vive errante sem projeto nacional.
A Lava Jato foi a força que violentou a democracia, provocou a anarquia das ideias, desviou o país da rota de desenvolvimento.
A operação criminosa determinou prisão do ex-presidente Lula impedindo que se candidatasse; conspirou na deposição da presidente Dilma eleita pelo povo; elevou Temer à presidência e seu programa “Ponte para o futuro” que entrega o patrimônio do país para o estrangeiro; promoveu a eleição do presidente Bolsonaro que fez o Moro Ministro da Justiça como prêmio pela traição nacional.
A lei usada com finalidade política os americanos chamam de “lawfare” juntando a palavra law (lei) e warfare (guerra).
Pelo uso do lawfare se tirou o poder dado pelo voto para entregá-lo à oposição sem o que, a extrema-direita, jamais chegariam ao poder.
O STF reconheceu a ação tirânica e anulou todos atos lavajadista declarando Moro juiz incompetente e suspeito.
Sete anos após ser criada a Lava Jato foi encerrada em 1º de fevereiro deste ano por iniciativa do próprio governo que ajudou eleger.
Evidente, os malvados golpistas eram pedras e hoje são vidraças, procuram-se blindar.
Bolsonaro aprovou a alteração da Lei de Improbidade Administrativa (26.10), que agora exige comprovar a intenção de prejudicar a administração pública (todos cassados de nossa cidade seriam absolvidos).
Está em preparação o “projeto de senador vitalício”, para garantir Bolsonaro depois da derrota eleitoral.
Está claro que a lei se adapta aos interesses dos poderosos e pune apenas jovens, negros e pobres de periferia.
É o sentido do dizer de Getúlio, em 1947, “a lei, ora a lei!”.
*Celso Antunes, Águas de Lindoia (SP), escreve toda semana neste espaço.
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