Onda Roxa, com toque de recolher, é mantida no Sul de Minas

Onda Roxa, com toque de recolher, é mantida no Sul de Minas, isso porque 14 macrorregiões de Saúde de Minas Gerais continuarão na Onda Roxa do programa de flexibilização da atividade econômica, Minas Consciente. Apenas a região Triângulo do Norte, primeira a ser inserida nessa fase mais restritiva, apresentou melhora em todos os indicadores da Covid-19 e, por isso, avançará para a Onda Vermelha.

A informação foi divulgada pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) nesta quarta-feira (31). De acordo com o governo, a decisão foi tomada pelo Comitê Extraordinário Covid-19, grupo que se reúne semanalmente para avaliar a evolução da pandemia em Minas.

O avanço da região Triângulo Norte, primeira a entrar na Onda Roxa, para a Onda Vermelha ocorrerá na próxima segunda-feira (5). A evolução foi possível após a SES-MG ter identificado uma queda de 18% na taxa de incidência nos últimos 14 dias na macrorregião. Já na última semana, essa queda foi de 3%, o que demonstrou, segundo o Estado, uma melhora nos indicadores da região após a adesão da população à Onda Roxa, desde 3 de março.

“As outras localidades ainda não apresentaram uma queda sustentada na taxa de óbitos e de ocupação em leitos de UTI. Por isso, deverão seguir as medidas mais restritivas pelo menos até 11 de abril. As medidas são reavaliadas a cada sete dias pelo Comitê”, informou o Estado, em nota.

Presente na reunião, o governador de Minas, Romeu Zema (Novo), destacou que o momento ainda é difícil e pede cautela para preservar vidas. Segundo ele, a última semana foi de recorde tanto no Estado quanto no Brasil, com subida no número de óbitos e na taxa de ocupação de leitos na maior parte das regiões de Minas.

“Seguimos com os esforços para ampliar leitos, apesar da falta de recursos, principalmente humanos, e, mais recentemente, de insumos. Contamos com o apoio da população para superarmos essa fase o quanto antes”, afirmou.

Covid-19 em Minas

Na última semana, Minas Gerais apresentou aumento de 6,9% no número de casos e de 8,1% nos óbitos. A incidência da doença cresceu 20% nos últimos 7 dias e 41% em 14 dias. A positividade da enfermidade na atualidade é de 43%, percentual de resultados positivos para Covid-19 entre pacientes com sintomas gripais.

A incidência da doença também vem aumentando em cidades com menos de 30 mil habitantes.