Águas estuda oferecer vacina contra raiva nos postos

A campanha de vacinação contra a raiva, que costuma ocorrer nos meses de agosto e setembro, foi adiada no Estado de São Paulo. De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde, a medida foi adotada para evitar aglomerações durante a pandemia do coronavírus.

Com o objetivo de reduzir o risco de transmissão da doença, o Ministério da Saúde recomenda que a vacinação seja prorrogada para após o fim da pandemia.

Desde 1997, o Estado de São Paulo não registra casos de raiva em humanos causada pela variante canina. Em cães e gatos, a doença não é registrada desde 1998. O último caso de contágio após acidente com morcego infectado ocorreu em 2018.

Os principais transmissores da raiva, atualmente, no Estado de São Paulo, são os morcegos.

Águas de Lindoia

Em Águas de Lindoia, a Secretaria de Saúde estuda a viabilidade de ofertar a vacinação contra a raiva para cães e gatos como rotina nos postos. Os interessados fariam o agendamento por telefone e levariam os animais para receber a vacina no dia e local marcado.

“Essa seria mais uma ação do programa estadual de controle da raiva, utilizando doses de vacina fornecidas mensalmente pelo Ministério da Saúde”, destaca trecho de nota enviada pela assessoria de imprensa da prefeitura.

Porém, enquanto a oferta da vacina nos postos não é oficializada, a recomendação é que os proprietários de cães e gatos, se assim desejarem, procurem os serviços veterinários para a imunização.

De acordo com a assessoria de imprensa, a prefeitura não possui vacina contra a raiva em estoque. Os últimos lotes foram fornecidos pelo Ministério da Saúde para a campanha de 2018. O montante foi usado na campanha ou cedido para as campanhas de outros municípios, a pedido da Coordenação Estadual do Programa. Os lotes tinham validade até maio de 2020.

De acordo com a assessoria, o município mantém outras atividades do Programa de Vigilância e Controle da Raiva. Tais serviços incluem a profilaxia de pós-exposição contra a raiva, com emprego de vacina e, quando preciso, de soro,  para pessoas vítimas de agressão por animais suspeitos de raiva.

Alem disso, a Vigilância Epidemiológica coleta e envia amostras laboratoriais (animais) para diagnóstico no Instituto Pasteur, bem como monitora a circulação do vírus no município.

A região Sul do Brasil, por exemplo, tem uma situação epidemiológica semelhante à de São Paulo e não realiza campanha de vacinação desde o ano de 1995.  Desde então,  os estados continuam sem registros da doença provocada pelas variantes do cão.

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