GUERRA DOS PREÇOS, por Celso Antunes
GUERRA DOS PREÇOS
Antigos lindoienses lembram que se andava a pé, carros quase não existiam, não havia televisão em casa, frango era prato de visita e se cozinhava em fogão de lenha.
Ninguém andava com dinheiro no bolso, nem os ricos, assim chamados porque possuíam propriedades, não havia bancos.
Águas de Lindoia hoje integra o costume globalizado e está sujeita aos acontecimentos do mundo.
A guerra na Ucrânia ameaça a 3ª Guerra, pois estão em confronto as maiores potências atômicas, Estados Unidos e Rússia.
Certa vez, perguntaram ao cientista Albert Einstein com quais armas ocorreria essa guerra.
Respondeu que a 4ª guerra seria com paus e pedras.
Com a guerra nuclear os sobreviventes voltariam ao tempo da Idade da Pedra.
Era isso que o cientista queria dizer.
Pela imaginação, na melhor das hipóteses, Águas de Lindoia viveria as condições da década de 1920, como o resumo descrito acima.
Pensando bem, muitos já vivem assim.
As lições da Ucrânia ensinam como é a guerra no mundo moderno.
Ela se divide em duas, guerra militar, propriamente dita e, guerra econômica.
A primeira visa as posições territoriais e a segunda levar à falência econômico-financeira.
A grande maioria dos brasileiros estão na falência vítimas da guerra econômica.
O mega aumento do preço da gasolina, diesel e gás de cozinha, tem efeito na vida doméstica de uma bomba lançada pelo plano econômico do governo.
Calcula-se que provocará aumento de 20% nos preços de todos os produtos.
Os efeitos da guerra da Ucrânia ainda não chegaram, mas pode se esperar uma paulada.
A carestia causa miséria e mortes mais que a guerra de fato, em 2021 houve 41 mil homicídios no país.
As armas que a população conta para vencer a guerra dos preços é a democracia.
É preciso renovar para se ter um novo fim.
*Celso Antunes, Águas de Lindoia (SP), escreve toda semana neste espaço.
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